Em Piriápolis, viajando no tempo…

Saindo de Carrasco, seguimos pela Ruta Interbalnearia. A intenção era ir parando pelo caminho onde desse vontade, onde o cenário atraísse mais. Mas ao longo do caminho o tempo começou a fechar, e acabamos não parando tanto assim – além de não termos paisagens tão bonitas para ver, não queríamos ser surpreendidos pela chuva antes de chegar a Punta.

Mas eu não queria deixar de parar em Piriápolis… Ouvi falar muito na cidade quando estive no Uruguai pela primeira vez, e tinha curiosidade. Piriápolis é um balneário muito freqüentado pelas famílias uruguaias, mas recebe poucos turistas estrangeiros, talvez até devido à proximidade com Punta del Este. Fizemos então um pequeno desvio de rota para almoçar por lá e dar uma volta na cidade. Fomos até a beira da praia, e lá escolhemos o simpático restaurante La Langosta. Foi um tiro no escuro, mas achamos o restaurante simpático, bem localizado, aconchegante – e decidimos arriscar. Pois comemos um filé de linguado com camarões flambados absolutamente delicioso! Fica então a dica: Rambla de los Argentinos, 1312. Ah, sim, quem escolhe lugares na varanda ou perto das janelas tem direito ao visual desta praia aqui – mas espero que sem as nuvens carregadas… 🙂

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Apesar do almoço maravilhoso, o que me fará voltar a Piriápolis um dia não será o restaurante La Langosta, e sim o Argentino Hotel, onde eu não me hospedei. Pior: eu nem sabia que ele existia, simplesmente porque nunca tinha cogitado a possibilidade de me hospedar em Piriápolis, tendo Punta del Este a 30 km de distância…

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Mas o fato é que esses hotéis de antigamente, com sua arquitetura imponente, seus corredores enormes e pé-direito altíssimo me fascinam de uma maneira inexplicável. Talvez seja pela viagem no tempo que a minha imaginação começa a fazer imediatamente… De qualquer modo, isso não seria excêntrico se eu me fascinasse apenas pelo Copacabana Palace, pelo Quitandinha (que nem funciona mais como hotel…) ou pelo Grande Hotel de Araxá (vale a visita ao blog do Arthur, que esteve lá no Carnaval), mas eu fico encantada até com o Grande Hotel de Atibaia, que só teria a lucrar com alguma restauração…

Então, o Argentino Hotel não é uma dica – na verdade, as críticas que li no Trip Advisor nem são muito animadoras… Mas quando eu leio que o hotel começou a ser construído em 1919, que as famílias iam passar longas temporadas de verão, que as piscinas são de água do mar e que os quartos standard não podem ser modificados porque são patrimônio nacional, quem disse que eu dou bola para o Trip Advisor? Ficou a cisma, pronto – vou ter que voltar… 😉

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