Um bom ponto para começar um roteiro básico por Buenos Aires é a Avenida de Mayo. Não apenas porque ela concentra alguns dos pontos turísticos de visita obrigatória, mas porque foi e é palco de grande parte da história da Argentina: Evita falando ao povo, as Mães da Praça de Maio, os panelaços…
Vale a pena dedicar um tempinho aos monumentos e construções históricas da praça, que tem bem mais a oferecer do que é possível dar conta nos 20 minutinhos que os city-tours costumam ficar por ali. Em uma das extremidades da praça, temos a Casa Rosada, sede do governo argentino:
Voltando as costas à Casa Rosada, um pouco adiante, à direita, está a Catedral Metropolitana:
Na primeira vez em que fui a Buenos Aires, a fachada da Catedral estava sendo renovada, completamente coberta por tapumes… Demorei um tempo para vê-la assim como na foto, uma pena! Em compensação, desde a primeira visita costumo passar bastante tempo lá dentro, admirando o altar, a cúpula, o mosaico do chão…
Uma vez tive a sorte de ver a troca da guarda na Tumba de San Martin desde o começo: acompanhei a marcha dos granaderos desde a praça até a entrada na Catedral… A Tumba de San Martin fica, na verdade, em um anexo da Catedral – como o Libertador era ateu, não poderia ser enterrado em solo sagrado… Até por causa desse fator, acho que a cerimônia ficou ainda mais bonita, se tornou um verdadeiro tributo à memória do general.
Saindo da Catedral, logo se avista o Museo Cabildo:
À esquerda do Cabildo, está a Av. Diagonal Sur; à direita, a Diagonal Norte:
Mas vamos seguir pela Avenida de Mayo… Bem próxima à praça, está a estação Peru da Linha A do Subte, forma abreviada de Subterráneo, o metrô portenho. Inaugurada em 1913, a estação preserva suas características originais, e é uma verdadeira viagem no tempo…
Ao longo da Avenida de Mayo é uma tentação caminhar olhando para o alto, admirando a bela arquitetura de inspiração francesa – com um pouco de cuidado, vale a pena cair em tentação… 😉
E, já que o assunto é tentação, no número 825 da Avenida de Mayo está situado um verdadeiro templo delas, o Café Tortoni. Café tradicional, freqüentado por Carlos Gardel e Jorge Luis Borges, entre outros, o Tortoni é também uma boa opção – e bem em conta – aos tradicionais shows de tango. Gosto de ir lá à tarde, para lanchar, e sou fã ardorosa do chocolate espeso, o paraíso na Terra para qualquer chocólatra: é um chocolate quente que vem separadinho, uma chaleirinha de leite fervente e um bule de chocolate derretido bem cremoso; daí é só dosar na xícara de acordo com o gosto de cada um. Não sou muito fã de leite (por isso não curto muito os tradicionais submarinos – barrinhas de chocolate derretido no leite fervente), mas de chocolate… 😉
Saindo do Tortoni, dá para seguir a pé na direção da Plaza del Congreso, embora seja um pouquinho distante. Mas se bater uma preguicinha de caminhar, vale pegar um táxi – afinal, não sei se há lugar no mundo onde seja tão barato andar de táxi… Mas a caminhada não é sem atrativos, não! Vale muito a pena observar a arquitetura da avenida para descobrir umas pérolas assim:
E finalmente o Pensador nos dá as boas-vindas à Plaza Lorea:
Logo adiante, chegamos ao ponto final da nossa caminhada, a Plaza del Congreso:
Uma outra idéia seria deixar o Café Tortoni para o final, para não correr o risco de desistir do restante da caminhada… 😆
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