E na hora da fome…

Finalmente, cá estamos nós de volta à nossa novelinha!!! 😀

Cuzco me pareceu uma cidade semelhante, em vários aspectos, a algumas das nossas cidades históricas no Brasil. Não é apenas pelo fato (óbvio) de que é uma cidade colonial, que guarda traços tanto da dominação estrangeira quanto da resistência indí­gena, ou que hoje sobrevive do turismo… Não, pra usar a linguagem popular, o buraco aqui é mais embaixo – a bem dizer, estamos falando do nosso amigo, o estômago… 😉

Como várias das nossas cidades históricas (é só pensar em Tiradentes, Paraty…), Cuzco também se revelou um destino gastronômico bem interessante. Eu não sou muito fã de sair provando comidinhas diferentes, não. Pra dizer a verdade, sou meio chata com algumas coisas, meio fresca com outras, enfim, não sou a melhor fonte de informações sobre comida tí­pica de lugar nenhum…

E no Peru não poderia ser diferente… Um dos pontos altos da culinária local, o cuy, que é um animalzinho pequenininho, tipo um porquinho-da-í­ndia ou uma preá, passou bem longe da minha mesa… e quando passava perto eu fingia que nem era comigo! Pois então eu lá ia ter coragem de comer aquele bichinho assado inteirinho, ainda com jeito e forma de bichinho, e não de comida? Nem pensar… 🙄 (Claro, isso já rendeu mil e uma histórias, tipo um ex-namorado que me disse uma vez que não entendia como eu não me incomodava com o sofrimento dos pobres dos gansinhos enquanto saboreava o meu “patêzinho”… E o pior é que eu não penso mesmo, não, tanto que não sou vegetariana, muito pelo contrário!!! Eu só não quero ver… )

Mas, voltando ao assunto, como nem só de comida típica se fazem os bons restaurantes – e, aliás, um destino gastronômico que se preze não pode viver só de comida tí­pica – fizemos algumas visitas a uns restaurantes bem interessantes de Cuzco. E um ponto em comum que me chamou bastante a atenção foi que, mesmo que o restaurante seja internacional, as entradinhas sempre têm pelo menos um pouquinho de cor local… 😉

Logo no primeiro dia, fomos almoçar no Inka Grill, que fica bem na Plaza de Armas – como aliás, quase todos! A Plaza de Armas é o ponto central de Cuzco, todos os caminhos levam a ela…

Enquanto olhávamos o menu, chegou a nossa entradinha: batatas chips, sim, algo tão comum… Mas batatas de vários tipos diferentes, alguns que eu nem nunca tinha visto (o Peru e a Bolí­via produzem mais variedades de milho e batatas do que somos capazes de imaginar, algo assim como 200 tipos diferentes de batatas e 700 de milho!!!) – acompanhadas de um molhinho de ervas muito gostoso e refrescante, porque devia ter hortelã na composição:

Nosso almoço em si foi simples: pedimos um filé de frango grelhado acompanhado de um gnocchi al funghi – era dia 29, né, dia de comer gnocchi com uma nota de um dólar embaixo do prato!!! (29 de julho de 2007, vejam só como essa novelinha tá um atraso só!!!) Não dá água na boca só de olhar? (E eu estou aqui me torturando às 2:30 da tarde sem almoço, só pra não perder a oportunidade de usar a conexão… 🙄 )

Atualização: nosso almoço no Inka Grill custou cerca de 22 soles por pessoa = pouco menos de R$15,00! 😉

Um outro lugar que fez sucesso foi o Mesón de Espaderos, também na Plaza de Armas, claro… Aliás, o único restaurante que experimentamos fora da Plaza de Armas foi um desastre – era uma trattoria até bonitinha, mas uma comida sem graaaaaaça… Mas o Mesón de Espaderos agradou muití­ssimo…

– e aqui pedimos um prato tí­pico do Peru, o lomo saltado:

Atualização: E eu me esqueci de anotar quanto gastamos nesse almoço, mas os preços não variavam muito, não…

Na verdade, o lomo saltado fez tanto sucesso com a gente que um outro dia decidimos pedi-lo de novo, mas em outro restaurante, o De Mi Pueblo:

Outro sucesso – uma delí­cia!!! 😀

Atualização: O almoço no De Mi Pueblo custou 25 soles – a cerveja encareceu um pouquinho a conta… Mesmo assim, isso significa algo em torno de R$ 16,00!

Para continuar a lista dos top 5, eu não poderia deixar de incluir o Chez Maggy – são duas filiais desse restaurante tão despretencioso quanto charmoso e aconchegante. E aqui ainda tivemos música ao vivo!

As entradinhas tí­picas, claro – umas 327 espécies diferentes de amendoins torradinhos…

… mesmo que o pedido principal seja uma pizza!!! 😉

Atualização: No Chez Maggy gasta-se pouco… Nosso lanche custou 15 soles por pessoas, ou seja, R$ 10,00! 😀

E para completar a lista, eu não poderia deixar de botar água na boca de todos com a fabulosa sobremesa do restaurante do Hotel Terra Andina – o helado tempura!!! Pois bem, trata-se de uma daquelas maravilhosas sobremesas que unem o quente ao frio, o crocante ao macio, ou seja, inacreditável!!! E engordativo, claro, mas férias que são férias significam aproveitar, em todos os sentidos!!! 😀

Atualização: O helado tempura pode até pesar na dieta, mas no bolso, jamais!!! Apenas 8 soles, ou menos de R$6,00. 😉

 

21 thoughts on “E na hora da fome…

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