Rota de encontros

Era uma vez, em um reino muito distante (ou em vários reinos, alguns mais próximos e outros mais distantes), um grupo de pessoas que não se conheciam, mas que tinham um interesse em comum: queriam percorrer o mundo, ver paisagens diferentes das que tinham em casa, saborear outras comidas, falar outras lí­nguas, aprender sobre novas culturas e fazer novos amigos… Essas pessoas falavam sobre seus interesses com a famí­lia, os amigos, os colegas de faculdade e do trabalho, e nem sempre eram bem compreendidos – muitos achavam que eles deveriam estar pagando uma prestação de carro ao invés da prestação da passagem aérea, ou que deveriam estar mais interessados em trocar o próprio apartamento, em vez de escolher diferentes apartamentos mundo afora…

Um belo dia, um membro desse grupo (que até então não se reconhecia como um grupo, claro…) resolveu escrever um livro sobre a sua própria paixão por viagens – e o livro virou um manual imperdí­vel para os outros membros do grupo, que passaram a desconfiar que não estavam sozinhos nessa história… Passado mais algum tempo, o autor do livro decidiu criar um blog, que os outros foram descobrindo devagarinho – quem chegava começava a bater papo, assim como quem não quer nada, ia ficando, contando aos outros, e o grupo ia crescendo…

Passado mais algum tempo, um dos frequentadores da aconchegante sala de visitas virtual sugeriu: “Vamos levar essa história pro mundo real?” E rolou um encontro intimista, com meia dúzia de participantes, mas que foi um baita pontapé inicial – e provocou novos encontros, transformando os amigos virtuais em amigos reais, e qualquer lugar do mundo em um palco possí­vel para novos encontros.

Claro, o autor do livro e do blog é o Ricardo Freire; o blog, que tem o mesmo nome do livro, é o Viaje na Viagem; o autor da proposta de encontro real é o JB – e nós todos, que lemos o VnV, comentamos e damos pitacos nas viagens alheias (e até nos inspiramos a criar nossos próprios blogs!) somos os trips, os membros desse grupo que descobriu um jeito muito bacana de fazer novas amizades.

Por isso, hoje em dia, quando descobrimos que estaremos na mesma cidade que algum outro trip, bate aquela vontade de marcar um encontro, para um café que seja, que permita levar a amizade do plano virtual para o plano real – e os encontros costumam ser divertidíssimos, repletos de boas histórias!

Assim foi que eu e o JB descobrimos que estarí­amos em Buenos Aires mais ou menos na mesma época: ele por uma semana, com a filhota Bia, e uma amiga dela, e eu com os meus pais às vésperas do embarque no cruzeiro. Combinamos, antes de viajar, uma reuniãozinha no El Sanjuanino, para saborear as melhores empanadas de Buenos Aires, acompanhadas de um belo Malbec da Catena Zapata. (O JB também contou sobre esse encontro aqui.)

Meus pais, eu, JB e Bia no El Sanjuanino, Buenos Aires

Meus pais, eu, JB e Bia no El Sanjuanino, Buenos Aires

Já em Mendoza aconteceu uma cena muito engraçada… Eu e o PêEsse trocamos alguns emails a respeito da programação das nossas viagens: eu estaria em Santiago e Mendoza após o desembarque do cruzeiro, e ele iria com a esposa fazer uma “eno-viagem” mais ou menos pela mesma região e mais ou menos na mesma época. Acabamos descobrindo que eu chegaria a Mendoza no dia em que eles iriam embora, o que desmontou os nossos planos de combinar uma ConVnVenção de fato, uma pena… Mas não é que, em pleno lobby do Hotel Argentino de Mendoza, nos encontramos totalmente por acaso? Não nos conhecí­amos pessoalmente, e passamos bem uns 5 minutos no mesmo recinto, um sem saber quem era o outro, até que eu dei o meu nome para a recepcionista, o que o fez voltar do meio do caminho para 2 minutos de papo e uma foto “para a posteridade”! 😀

O PêEsse e eu no lobby do Hotel Argentino, Mendoza

O PêEsse e eu no lobby do Hotel Argentino, Mendoza

48 thoughts on “Rota de encontros

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