Não sei se vou conseguir convencer alguém que já tenha lido várias vezes por aqui que eu não gosto de ir ao Tigre que eu não tenho um traço masoquista na minha personalidade… Mas, desde que eu publiquei o post sobre o Tigre tantas pessoas fizeram comentários positivos sobre seus passeios por lá (alguns bem diferentes dos que eu já tinha feito) que eu fiquei muito tentada a experimentar ainda mais uma vez. Eu sou teimosa assim mesmo: não acredito muito em primeiras impressões, e nem em segundas, ao que parece… Além disso, acho muito esquisito eu não gostar de um lugar! Não é que eu não tenha as minhas preferências, mas normalmente consigo ver qualidades até nos lugares que não me encantam tanto. Nesses casos eu digo: “Bom, não é a minha praia, mas entendo porque outras pessoas gostam” e isso me satisfaz. Mas não consigo sossegar enquanto não descubro o que faz as pessoas gostarem de lugares que a mim não dizem nada – e foi por isso que eu me propus a ir investigar o Tigre uma terceira vez… 😉
É muito fácil chegar ao Tigre por conta própria. Para quem vai pela primeira vez, acho interessante tomar o Tren de la Costa, o trem turístico que sai da estação Maipu, já na fronteira entre a Capital Federal propriamente dita e a Provincia de Buenos Aires. Pode-se chegar até lá de táxi , de ônibus (o no.152 deixa exatamente em frente à estação, do outro lado da rua) ou de trem urbano. A nossa opção foi pelo trem urbano, que tomamos na estação Retiro, a uma curta caminhada do nosso hotel na Calle Reconquista:
Logo na entrada da estação estão situadas as bilheterias. É preciso apenas observar o guichê correto, de acordo com o destino – no caso, a estação Mitre.
Nosso bilhete custou Ar$ 2,20, pouco mais de R$ 1,00.
Os trens são simples, e não estão muito bem conservados:
Chegando à estação Mitre, é preciso cruzar a passarela sobre a Avenida Maipu para chegar à estação Maipu, de onde parte o Tren de la Costa. (Só por curiosidade, essa avenida é a continuação da Avenida Cabildo que, por sua vez, é a continuação da Avenida Santa Fé.)
O Tren de la Costa, sim, é um trem muito mais confortável que, obviamente, custa mais caro, sem ser absurdo – Ar$ 12,00, ou R$ 6,00.
Acho a viagem em si bem divertida – o trem cruza várias áreas muito bonitas da Provincia de Buenos Aires, e faz paradas em estações interessantes, entre as quais San Isidro, ao longo do caminho até a estação Delta.
Eu sempre fui ao Tigre pelo Tren de la Costa. E, em todas as vezes, voltei de trem comum, a partir da estação Tigre, de volta à estação Retiro, na Capital Federal. Dessa vez, entretanto, eu tive uma epifania – mas vou deixar pra contar no próximo post, pra não me desconcentrar das dicas de transporte desse aqui… 😉
Na volta, pegamos o trem na estação Tigre:
A estação está super bem cuidada, e o trem também me agradou – mais novo e mais confortável do que o que tomamos do Retiro a Mitre.
E não é que, para minha surpresa, o bilhete Tigre – Retiro custou ainda mais barato?!? Gastamos Ar$ 14,20 para ir do Retiro ao Delta, e apenas Ar$ 1,35 para voltar…
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