Uma das coisas de que menos gostei no mini-cruzeiro que tinha feito em novembro foi a tal história de ter horário e mesa fixos para o jantar. Éramos um grupo de cerca de 20 amigos – no entanto, jantamos espalhados por todo o navio, não apenas em restaurantes diferentes, mas até em pontos diferentes do salão quando calhava de estarmos no mesmo restaurante. E, cá pra nós, podem me rotular de anti-social se quiserem, tudo bem – mas não quero ser obrigada a socializar com gente que nunca vi quando preferia estar na companhia dos meus amigos… 😉 Ah, além disso, um dos restaurantes só abria para o jantar, não para o almoço – como eu não fui colocada nele para jantar, simplesmente não pude experimentar esse restaurante. Não, não gostei, definitivamente…
Mas dessa vez a história foi outra… O maior diferencial da NCL, para mim, foi a quase total liberdade a bordo – que eles chamam de “Freestyle Cruising“. Pode-se escolher onde tomar o café da manhã, onde almoçar, onde jantar, a que horas, em qual mesa, se sozinhos ou acompanhados… Nada é obrigatório, nem mesmo a roupa de gala para a famosa “Noite do Capitão” – veste-se formalmente quem quer, e quem não quiser vai de jeans e camiseta mesmo, se quiser ir… 😉
No Norwegian Sun, são 3 os restaurantes principais: o Garden Café, que funciona em esquema de buffet para café da manhã, almoço e jantar, no deck da piscina; o Seven Seas, também aberto para café da manhã, almoço e jantar; e o Four Seasons, que funciona apenas para o jantar. Cada um tem seu próprio horário de funcionamento, de modo que, se alguém quiser jantar mais cedo ou mais tarde, vai encontrar ao menos um dos 3 restaurantes funcionando.
No geral, eu fiquei bastante satisfeita com a qualidade e a variedade da comida nos restaurantes principais – o que me rendeu aquela velha preocupação sobre como aproveitar bem sem engordar… 😛
Os restaurantes em si não eram especialmente bonitos – pelo contrário, a decoração era bem pesada… mas nada que chegasse a prejudicar o apetite de ninguém, não…
Momento raríssimo – o Garden Café vazio!
A entrada do Seven Seas
Seven Seas
Maquete do Norwegian Sun na entrada do Four Seasons
Four Seasons
Além dos restaurantes principais, há vários outros no navio – alguns são gratuitos, outros requerem o pagamento de uma pequena taxa extra. São todos bem menores que os restaurantes principais, e a maioria exige que se faça reserva. Dentre os gratuitos, experimentei o Pacific Heights, que funciona sem reservas na hora do almoço – em estilo “invente a sua própria massa” – e à la carte, com reserva, na hora do jantar.
No dia em que jantei no Pacific Heights me decidi por um jantar totalmente à mexicana, com direito a uma inusitada mousse de margarita de sobremesa!
O único restaurante pago que experimentei foi o Il Adagio, que cobra uma sobretaxa de US$ 10 – há também um restaurante francês, um sushi bar e um restaurante especializado em carnes, entre outros. As sobretaxas podem ser de até US$ 25.
O cardápio dos restaurantes pagos não varia – cada um oferece 3 ou 4 opções de entradas, pratos principais e sobremesas, que se mantêm ao longo do cruzeiro. O meu jantar italiano me agradou muitíssimo! 😀
Com todas essas ofertas, confesso que muitas vezes deixamos de lado os restaurantes em terra firme – decidimos nos concentrar nos passeios que queríamos fazer e deixávamos para fazer uma refeição decente na volta ao navio… 😉
Ah, e apenas para completar, devo dizer que fiquei super bem impressionada com o nível de higiene dentro do navio! Quando se ouve falar tanto em casos de gastroenterite nos cruzeiros na costa brasileira, e se sabe que os riscos de contaminação a bordo são realmente enormes, foi super bacana ver que não se entra em nenhum restaurante sem higienizar as mãos, que todos os funcionários trabalham nos restaurantes usando toucas e luvas e que simplesmente não existe self-service a bordo – ou seja, ninguém, a não ser os funcionários enluvados, toca nos talheres usados para o serviço nos buffets. Ótimo exemplo! 😀
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