Oito dias após o embarque em Buenos Aires, finalmente chegamos ao Chile – mais especificamente, à mais austral das cidades chilenas, Punta Arenas.
O Norwegian Sun ancorou no Estreito de Magalhães de manhã cedo, para uma permanência de 12 horas, a maior de todo o percurso. Não sei o motivo exato dessa permanência tão longa, mas cheguei a achar engraçado que algumas das excursões oferecidas no navio chegavam a prever vôos para o Parque Nacional Torres del Paine ou até mesmo para a Antártida!!! Surreal… 😉
O Estreito de Magalhães me surpreendeu… Pra começar, eu esperava que ele realmente fosse estreito – que nada, como nos enganamos com os mapas! E senti o navio balançar muito mais navegando por ali do que em pleno Atlântico Sul, a caminho das Malvinas ou do Cabo Horn!
Punta Arenas é uma cidade bem grandinha, e me pareceu um pouco menos convidativa às caminhadas do que Ushuaia. Além disso, a Avenida Bernardo O’Higgins, que margeia o Estreito de Magalhães, e onde se concentram os melhores bares e restaurantes, com vista para o estreito, estava em obras… Somei o fato de que era uma manhã de 2a.f. e o trânsito não estava lá essas coisas e, pronto, criei uma certa antipatia…
Tive mais uma frustração em Punta Arenas… Eu queria aproveitar que não tinha visto os pingüins na Península Valdés e visitar uma pingüinera. Nada feito… Nós tínhamos 12 horas de escala na cidade, então não nos preocupamos em tomar café da manhã correndo ou desembarcar depressa… Grande erro!!! As saídas dos passeios são sempre pela manhã, e não chegamos a tempo… 🙁
Por outro lado, não indo à pingüinera descobrimos que Punta Arenas tem palacetes históricos lindíssimos bem no centro da cidade, no entorno da Plaza Muñoz Garnero – e acabamos mudando o foco do passeio, de pingüins para palácios… 😉
Demos até um alô para Fernão de Magalhães, ou Hernando de Magallanes, como é conhecido por lá:
Para mim, o ponto alto da visita foi a visita ao Museo Regional de Magallanes:
O museu é pequeno, fica em um palácio completamente restaurado, e conta a história do descobrimento e da colonização da Patagônia. Não faltam fotos, mapas da época, histórias de conflitos, enfim, imperdível para quem curte História… 😉
Por fim, na falta de um almoço delicioso em um restaurante com vista para o estreito – e sem vontade de almoçar com vista para um canteiro de obras… – voltamos para o navio para encarar 2 dias de navegação antes do próximo porto…
5 thoughts on “Quinta escala: Punta Arenas”