Depois de 2 dias matando as saudades de Santiago (uau, parece frase de romance de amor… 😆 ), tomamos um vôo para Mendoza. Sim, eu sei que a estrada de Santiago a Mendoza é um dos pontos altos da viagem, que a paisagem é belíssima e tal. Eu acredito – mas como tínhamos pouquíssimo tempo, e eu fazia questão de aproveitar o máximo que pudesse de Mendoza e suas vinícolas, achei mais sensato fazer um vôo de 30 minutos ao invés de uma linda viagem de cerca de 6 horas…
Escolhemos ficar hospedados em frente à Plaza Independencia, a principal das muitas praças de Mendoza, uma cidade super arborizada. A cidade é toda irrigada por um sistema de canais desenvolvido pelos índios, e que existe, portanto, desde antes da colonização espanhola. É a combinação do clima desértico com essa excelente irrigação que propicia uma produção vinícola de alta qualidade.
Eu tinha feito uma reserva de um carro no aeroporto de Mendoza, mas lá mesmo desisti da idéia – acho que foi uma boa intuição… 😉 Ao invés disso, contratamos um remis para nos levar às vinícolas, com preço fechado. Pagamos entre Ar$ 200 e Ar$ 250 o dia, dependendo do nosso roteiro. Foi uma decisão acertada, por 2 motivos: não tivemos nenhuma preocupação com os caminhos (a sinalização é falha, e teria sido um stress encontrar as vinícolas sem atraso para as nossas visitas pré-agendadas) e pudemos aproveitar as degustações e os almoços regados a vinho sem pensar no carro…
No primeiro dia, tomamos o rumo de Maipu, e fomos direto almoçar na Familia Zuccardi, onde tínhamos reserva para o almoço e a visita à vinícola. Eu tinha a intenção de ainda visitar o Museo del Vino San Felipe, da Bodega La Rural, que fica na mesma região, mas nos estendemos muito no almoço e no passeio, e não deu tempo…
No segundo dia, seguimos para Luján de Cuyo, onde tínhamos reserva para uma visita à Catena Zapata e para o almoço no Cavas Wine Lodge. Vou contar esses passeios todos com mais detalhes nos próximos posts.
Como só ficamos esses dois dias em Mendoza, e no dia seguinte voamos de volta a Buenos Aires, nossa programação acabou sendo bem restrita. Fomos embora já com vontade de voltar, para visitar outras vinícolas, experimentar outros restaurantes… Deixei de conferir uma dica quentíssima para jantar no 1884, o restaurante do Francis Mallmann na vinícola Escorihuela, porque nossos almoços foram tão fartos que era impossível jantar! 😉
É bem agradável também fazer um passeio a pé pela cidade, dar uma olhada no comércio, nas praças, nos bares…
Mas eu confesso: se soubesse que gostaria tanto de Mendoza, acho que teria deixado para matar as saudades de Santiago em outra ocasião, e teria desembarcado do cruzeiro, ido direto para o aeroporto e voado para Mendoza no mesmo dia, apenas para poder dedicar os 4 dias que tínhamos a esse passeio… Mas, tudo bem – como eu sempre digo, nada como ter razões para voltar! 😉
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