Logo após o café da manhã demos início a uma atividade que ainda não tínhamos feito ao longo da VAM – algum passeio especial? Não, nada disso… A nossa primeira tarefa do dia foi separar a roupa que precisava ser lavada! A gente sabia que seria necessário buscar uma lavanderia em Ubud, mas tivemos a grata surpresa de descobrir que o serviço de lavanderia do nosso hotel custava apenas US$2/Kg! Ninguém pensou duas vezes, claro… 😉 Ainda tínhamos toda a roupa usada na Europa armazenada na mala, que tinha ficado guardada no depósito de bagagem do Aeroporto Changi, em Cingapura, enquanto íamos para a Malásia e o Camboja.
Isso feito, saímos para uma caminhada de reconhecimento da vila de Ubud. A nossa chegada, na noite anterior, tinha tido um certo sabor de aventura, viajando de carro uma hora de Denpasar a Ubud pelo meio da pista em uma estrada de mão dupla… Na hora foi bem estressante, mas logo percebemos que lá é assim mesmo que se faz – os carros andam em baixa velocidade, e assim que se avista outro veículo na direção oposta, cada um toma a sua pista e prossegue viagem, voltando ao meio da estrada logo em seguida. Pela manhã, tudo isso pareceu bem mais pitoresco e menos perigoso…
Saímos do Hotel Tjampuhan Spa (na parte superior do mapa, à esquerda, logo depois de cruzar o Rio Tjampuhan) em direção à Jalan Raya Ubud, a rua principal da vila, onde há vários templos, lojas, restaurantes e o famoso Mercado de Ubud.
Fomos passeando sem pressa, como tínhamos decidido desde antes de sair do Brasil – a idéia era ver o que fosse possível, sem qualquer tipo de “ansiedade totalizante”. Bali foi a primeira parada da VAM escolhida com o objetivo explícito de descansar – e tínhamos a firme intenção de cumprir esse propósito em cada uma das bases escolhidas na ilha. Deixamos de visitar vários (muitos, provavelmente) pontos turísticos, mas gostamos tanto do que fizemos que estamos imunes àqueles comentários do tipo “Mas vocês não foram ao lugar X? Não visitaram o templo Y? Então perderam o melhor de Bali!!!” Não tem problema, não, a gente sempre pode voltar um dia… 😉
Durante o nosso passeio vimos várias cenas da vida cotidiana de Ubud – turistas nas lojas e restaurantes (sim, os turistas são parte integrante da vida cotidiana de Ubud!), crianças na escola, senhoras fazendo oferendas aos deuses, artistas vendendo seu artesanato nas pequenas lojas… E vimos templos, muitos deles – alguns pequenos e simples, sem qualquer indicação de nome, outros grandes e impressionantes como o Water Temple (Templo das Águas).
Quando entramos no Lotus Garden (Jardim de Lótus) para visitar o Lotus Pond (Lago de Lótus) e o Water Temple, percebemos esse café charmosíssimo debruçado sobre o lago, todo arrumado com mesinhas e almofadas, onde se pode saborear uma refeição completa ou fazer uma pausa para um lanche. Decidimos na hora que voltaríamos ali para almoçar, assim que batesse a fome! 😉
Logo em seguida chegamos ao nosso destino final, o Mercado de Ubud. Situado na esquina da Jalan Raya Ubud com a Jalan Monkey Forest, o mercado é um conglomerado de lojinhas onde se pode encontrar de tudo, de quadros e esculturas a utensílios para a casa, de roupas de seda a jóias de prata, de cangas a artefatos em palha. (Encontrei um post bem interessante sobre o local – clique aqui para ler.)
Depois da visita ao Mercado, voltamos ao Café Lotus com mais calma, para almoçar.
Escolhemos um prato bem típico da culinária balinesa, o Mie Goreng, feito com macarrão frito, frango, camarão, diversos legumes e verduras, picles e um ovo frito – é uma grande mistura, mas muito gostoso… Acompanhamos com a cerveja mais emblemática da Indonésia – uma Bintang bem geladinha, claro! 😀
Aqui cabe contar uma piadinha particular da VAM… A moeda da Indonésia é a rúpia indonésia, uma moeda cheia de zeros, como as moedas brasileiras da era pré-real. Quando chegamos a Bali, US$ 1 podia ser trocado por Rp$ 9.000!!! Na prática, nós abolimos os 3 zeros logo de cara, pra facilitar. Um dia, por brincadeira, Paulinho disse que alguma coisa custava, ao invés de, por exemplo, Rp$ 20.000, 20 Bintangs – nesse dia, fizemos a “reforma monetária” da Indonésia, substituindo cada Rp$ 1.000 por 1 Bintang… 😉 Nosso almoço no Lotus Café, por exemplo, custou 187 Bintangs, ou seja, Rp$ 187.000, o equivalente a pouco mais de US$ 20…
Depois do almoço, decidimos retornar ao hotel para descansar um pouco.
De manhã, antes de sair para o nosso passeio, nós tÃnhamos marcado hora no spa para experimentar a massagem balinesa. Escolhemos uma hora de massagem, com jantar, a US$ 52 para duas pessoas. Para os padrões de Bali, esse preço é até alto – mas para nós, brasileiros e infelizmente acostumados a preços bem mais altos, foi uma mordomia muito em conta!
O spa do Tjampuhan Hotel é um capítulo à parte, e foi um dos nossos maiores motivos para escolher o hotel. O Tjampuhan fica situado no encontro entre 2 rios sagrados, e do spa se ouve todo o tempo o som gostoso da água corrente… Isso lá tem preço?!? 😉
Depois da massagem, fomos tomar banho para jantar, no restaurante do hotel mesmo –
Após o jantar, demos por encerrado mais um dia da VAM… 😉
Para ler um pouco mais sobre Bali, vale consultar os blogs a seguir:
– Viagem Afora: o Antonio e a Ellen estão fazendo a própria VAM, e contam tudo com detalhes;
– Nós no Mundo: a Anna Bárbara explica tudo sobre as curiosidades de Bali e os motivos para visitar a ilha, em posts primorosos;
– MauOscar: o Oscar relata suas viagens de um jeito que dá vontade de copiar igual… Não foi à toa que um dos hotéis que escolhemos em Bali foi “copiado” dele!
– Viaje na Viagem: o VnV não poderia faltar aqui, claro – o post está super didático e rico em informações, inclusive na caixa de comentários.
Não sei vocês, ainda mais depois dessa Volta ao Mundo, mas esse lugar, Bali, foi um dos lugares mais especiais que fui em minha vida! Posso dizer que dois lugares me deram um “soco no estômago”: Bali e Rio de Janeiro. Pelo menos moro nume deles! 😉
Ler este post me matou de saudades! (e vi que o Café Lotus continua existindo! Quase cai no lago dele!)
Bjs
Bali – Ubud, em especial – foi muito, mas muito bacana mesmo. Eu nem sei dizer direito comparando com os outros lugares, porque também amei o Camboja, a Tailândia, o Vietnã…
Sut-Mie, que cena deve ter sido essa de você quase cair no lago!!! 😀
Adoro ler posts novos sobre a VAM mesmo tanto tempo depois. Dá uma vontadinha louca de pegar a mala e sair dando a volta ao mundo – com Ubud e o Lotus Cafe na rota, claro
Mari, a gente se promete todos os dias que vai atualizar o blog com mais frequência – e quase nunca consegue cumprir, uma pena… Mas, a saga continua, mesmo que de pouquinho em pouquinho! 😉 Essa semana ainda vem mais Ubud por aí!
Acabo de ler o post e estou morrendo de saudades!!!!! Quero fazer outra em breve. Esse Mie Goreng, com toda certeza foi o melhor que comemos em toda a viagem. Escrevendo e ao mesmo tempo ao telefone com a Carla, minha Personal Travel, sanando algumas dúvidas da minha viagem de comemoração dos meus 50 anos…….. Mari o Lotus Cafe é FANTÁSTICO!
Eu, a Personal Travelator Tabajara… 😆
Oi Carla!!!
Obrigada pela indicação do Nós no Mundo!!! 🙂
Que saudade de Bali!! Amei Ubud, Seminyak, Tulamben, Jimbaran…
Tb aproveitamos para lavar roupa por lá. Não acreditei como era barato! Aliás, comida e artesanato tb são bem em conta.
Tb fomos ao Café Lotus. Fomos em um dia à noite quando teve um espetáculo de dança legong/barong. Muito legal!!
To adorando relembrar os encantos da Ásia com seus posts de Bali e Singapura!!!
Bjs, Anna Bárbara
Anna Bárbara, nós fomos também ver um espetáculo de dança, mas não tivemos a sorte de ter apresentações ali nos dias em que estávamos em Ubud… Então vimos um espetáculo de dança Barong, lindo, no Palácio de Ubud, no dia seguinte. Ainda essa semana vamos publicar esse post! E parabéns pelos seus posts no Nós no Mundo – estão mesmo sensacionais!!! 😀
Olá Carla,
De uns tempos para cá venho lendo alguns textos, sobre viagens a Bali, Tailândia, esta região maravilhosa. Desde quando uma amiga minha (que não tem blog, é uma pena) viajou para lá. Fui logo na internet atrás de quem já foi..
Mas desculpe a ignorância.. eu não sei o que é VAM? rsrsrs Foi a única parte que não entendi…
Beijos e sempre compartilhe suas viagens
bjs
Érika, VAM é a sigla que Paulinho criou para “Volta Ao Mundo”… 😉
O mie-goreng é o PF balinês, tem um para viagem? 😉
PF dos bons, Arthur, daqueles de dar água na boca só de lembrar…
Beleeza !
Mais um hotel em comum em Bali , mesmo um pouco distante do centrinho, o Tjampuhan é um alto astral .
Ainda bem que vcs acharam facinho o Lotus Café, absolutamente imperdível …
E esse hotel em comum foi por acaso, Sylvia – bom gosto dá nisso… 😉 O Lotus é mesmo imperdível – praticamente tropeçamos nele e fomos ficando…
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