Key West (fotos: janeiro 1998; texto: novembro 2004; edição: setembro 2013)
Com o fim das aulas, tínhamos um dia de folga antes de seguir para Orlando no dia seguinte. Convenci o Paulo e mais 2 amigos, alugamos um carro e caímos na estrada rumo a Key West, 3 horas ao sul de Miami. A US-1 no sul da Flórida é uma estrada bem diferente, que separa o Oceano Atlântico do Golfo do México e cruza as várias ilhas das Florida Keys. O ponto final é em Key West, já em pleno Caribe, a apenas 90 km de Cuba.
Consegui capturar essa foto da Internet pra dar uma idéia do que é a estrada para Key West – uma experiência e tanto, mas difícil de fotografar. A estrada tem pista simples, mão dupla, nenhum acostamento e perigo constante de animais atravessando a pista. Por isso a viagem demora 3 horas, embora a distância de Key West a Miami seja de apenas 150 km – o limite de velocidade é baixo, e os controles são rigorosos. Na foto acima, à esquerda temos o Oceano Atlântico e à direita o Golfo do México. No dia em que eu fui, o oceano estava azul e o golfo, verde – mas essa imagem ficou registrada só na minha memória…
Fim da linha. É exatamente assim que se chega a Key West: dando de cara com uma placa que indica que aquele é o fim da estrada!!! Nunca tinha visto algo parecido…
Cayo Hueso, ou Ilha dos Ossos – esse era o nome original de Key West na época em que seus principais frequentadores não eram os turistas de todas as partes do mundo, mas sim os piratas espanhóis. Dizem que muitos navios naufragavam naquela região, por isso muitos corpos iam dar às praias… Mórbido, né?
Essa construção, de arquitetura bem espanhola, é típica da época em que Key West ainda era Cayo Hueso. É interessante ver como essa parte da história dos EUA – a colonização espanhola de determinadas regiões, pouco divulgada e pouco conhecida por nós – continua muito presente na arquitetura, nos nomes dos lugares, em detalhes que não passam despercebidos ao olhar atento…
O pier próximo à Mallory Square é um dos pontos de encontro em Key West. Há vários restaurantes e bares por ali, e à tarde sempre rolam umas apresentações artísticas, com músicos, bailarinos e até uns engolidores de fogo… E a paisagem sempre oferece um barco (ou dois, ou três) cruzando o horizonte – lindo, lindo…
As gaivotas do pier da Mallory Square fazem lembrar do filme “Os Pássaros”, de Hitchcock – mas felizmente só atacam a comida!!!
Aqui está a entrada da casa onde Hemingway morou em Key West, hoje transformada em museu, uma das principais atrações turísticas da ilha. Perto dali fica o Sloppy Joe’s, o bar que Hemingway frequentava e onde, claro, a gente fez um pit stop para um brinde a esse freguês tão ilustre… 🙂
Os gatos que habitam a casa-museu do Hemingway são os descendentes dos gatos que ele próprio tinha quando morou ali. E eles tinham uma particularidade: 6 “dedos” nas patinhas. Bom, admito que eu fui conferir pessoalmente as patinhas dos descendentes… e não é que esse gatinho caramelo à esquerda da foto tinha mesmo 6 dedinhos?!!!
Uma voltinha pelo centro de Key West antes de voltar a Miami me rendeu essa foto… Tudo bem, os táxis em qualquer cidade costumam ser de uma cor que chame a atenção e não se confunda com os carros comuns – são amarelos no Rio de Janeiro, alaranjados em Curitiba… Mas cor-de-rosa é um pouco demais, né?!!!
Já pegando a estrada de volta a Miami, fiz essa foto do pôr-do-sol de Key West, considerado um dos mais belos do mundo. Não conheço o mundo inteiro, mas não duvido!!!
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