Um dos grandes acertos da nossa breve estada em Koh Phi Phi Don, foi, sem dúvida, a escolha da localização do nosso hotel – Long Beach. (Tenho mil ressalvas quanto ao hotel em si, mas isso é assunto para um post específico…) No dia seguinte à nossa chegada, tomamos o nosso café da manhã à beira-mar, no restaurante pé-na-areia do hotel, e seguimos para o barco que nos aguardava pouco adiante, para um passeio de dia inteiro a Koh Phi Phi Leh.
Antes mesmo de aportar em Maya Bay, o primeiro destino do dia e ponto mais aguardado do passeio, já fizemos uma parada para mergulho com snorkel e observação da vida marinha.
Logo chegamos a Maya Bay.
A placa indicando a rota de fuga em caso de tsunami nos trouxe imediatamente à memória o grande desastre natural que atingiu a ilha logo após o Natal de 2004, que deixou mais de mil mortos e um rastro inacreditável de destruição. Os pontos mais turísticos se recuperaram da tragédia relativamente depressa (em termos materiais, claro…) – e, além desses pequenos detalhes, nada nos remete ao ocorrido.
Ainda era cedo quando chegamos, mas o movimento já era intenso. Era o finzinho de janeiro, alta temporada na região, então acho que seria humanamente impossível ver a bela praia do filme A Praia com menos gente – a não ser para os aventureiros que acampam por lá… 😛 Mas eu sigo à risca a minha crença de que a praia, seja ela qual for, é pública, e não me incomodo de compartilhar o paraíso, não… (O que me incomoda, sim, é a degradação trazida pela superlotação de turistas – mas isso também é um assunto para outra ocasião…)
A praia estava cheia, sim – mas, sinceramente, não era nada semelhante às multidões que lotam as praias do Rio de Janeiro e adjacências no verão… E logo as pessoas começaram a se dispersar, fosse para dar uma volta pela trilha que leva ao interior, fosse para um mergulho no mar… Pode até não ser sempre assim – mas nesse dia o purismo de quem diz que Maya Bay está insuportável de tão lotada me pareceu apenas esnobismo desnecessário mesmo…
Logo vimos que o mar em si nem estava cheio, e que seria perfeitamente possível aproveitar bastante a água cristalina para bons mergulhos…
Desde essa parte inicial do passeio começamos a bater papo com as outras pessoas que estavam no nosso barco – era um grupo super interessante e heterogêneo, formado por gente de toda parte do mundo! Havia dois amigos alemães, a Yvonne e o Oliver, que estavam hospedados no hotel ao lado do nosso; havia também um casal israelense, um rapaz da Moldávia e dois amigos franceses, além de duas moças chinesas (ou japonesas, não me lembro bem) que não participaram da conversa porque não falavam inglês, quase sempre a lingua franca dos viajantes…
Ficamos bastante tempo em Maya Bay – e, devo dizer que fiquei satisfeita por ter tempo para curtir o lugar em vez de ficar pingando de praia em praia… 😛 Mas depois seguimos para outros locais bons para mergulho – eu, que não sou fã de mergulho / snorkel, teria ficado mais feliz n’A Praia, mas o quê se há de fazer… 😉
O ponto de parada seguinte quase nos levou de volta a Koh Phi Phi Don – o chamado shark point (ponto de tubarões) ficava praticamente em frente ao nosso hotel! Claro que uma das primeiras perguntas feitas ao guia foi por quê não tínhamos parado lá em primeiro lugar… Ele deu uma resposta bem convincente: não apenas para chegar a Maya Bay em um bom horário para aproveitar antes da superlotação de turistas, mas também para pegar o shark point em um horário mais propício para a observação dos peixes – sim, pelo que entendi, os tubarões por ali estão mais presentes no nome do lugar do que na água…
Nossa próxima parada – a do almoço! – foi mais do que bem vinda. Depois de tanta praia e mergulhos, todos já estavam famintos. O local escolhido foi uma praia muito tranquila e arborizada, um ótimo cenário para uma pausa relaxante.
Nosso almoço foi estilo lunch box – era simples, mas estava muito gostoso. E o prazer de dividir uma mesa sob as árvores com pessoas tão diversas como eram os membros do nosso grupo foi a parte mais bacana! (Só para mencionar um momento engraçado, tive uma platéia muito atenta enquanto eu contava a história da reinvenção das Havaianas e explicava a diferença entre os diversos modelos – sem falar em olhos arregalados ao constatar o quanto elas são mais baratas aqui no Brasil do que no resto do mundo, inclusive os meus, que não sabia que um par de Havaianas pode custar US$ 50 em Israel…)
Depois do almoço saboroso, de uma boa conversa e um descanso reconfortante na praia, tomamos o nosso rumo mais uma vez.
E logo estava na hora de retornar a Koh Phi Phi Don…
Nessa mesma noite, jantamos com a Yvonne e o Oliver em um dos restaurantes pé-na-areia de Long Beach – foi um jantar divertidíssimo, coalhado das boas histórias da viagem deles pela Tailândia e da nossa VAM, que já ia pela metade… Ainda combinamos um novo encontro em Bangkok, porque descobrimos que estaríamos no mesmo hotel por uma noite – a última deles antes de voltar para a Alemanha. What are the odds?!? 😉
Nosso passeio, feito em lancha, custou cerca de 1500 baht por pessoa, e foi contratado em uma agência à beira-mar em Long Beach.
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